sexta-feira, 4 de julho de 2008

Ética

ÉTICA

INTRODUÇÃO
São freqüentes as queixas sobre falta de ética na sociedade, na política, na indústria, na cultura, na religião e até mesmo nos meios desportivos.
A sociedade contemporânea valoriza comportamentos que praticamente excluem qualquer possibilidade de cultivo de relações éticas. É fácil observar que o desejo obsessivo na obtenção, possessão e consumo da maior quantidade possível de bens materiais é o valor central na nova ordem estabelecida no mundo e que o prestígio social é concedido para quem consegue esses bens. O sucesso material passou a ser sinônimo de sucesso social e o êxito pessoal deve ser adquirido a qualquer custo. Prevalecem os desprezos ao tradicional, o culto a massificação e mediocridade que não ameaçam e que permitem a manipulação fácil das pessoas.
Um dos campos mais carentes, no que diz respeito à aplicação da ética, é o do trabalho e exercício profissional. Por essa razão, executivos e teóricos em administração de empresas voltaram a se debruçar sobre questões éticas.
O individualismo extremo, muitas vezes associado à falta de ética pessoal, tem levado alguns profissionais a defender seus interesses particulares acima dos interesses das empresas em que trabalham, colocando-as em risco.
Esse quadro nos remete diretamente à questão da formação de recursos humanos, pois são as pessoas a base de qualquer tentativa de iniciar o resgate da ética nas empresas e nas relações humanas de trabalho.
Os programas de treinamento, educação e desenvolvimento de recursos humanos dão muita ênfase aos assuntos técnicos, que são exaustivamente abordados, discutidos e considerados, esquecendo por completo os aspectos éticos, essenciais para a dinâmica de qualquer atividade profissional.
Essa deficiência de boa formação, também ocorre nos meios esportivos, em particular entre os praticantes de Artes Marciais, onde é possível verificar o profundo desconhecimento que os aspectos éticos, são essenciais para a dinâmica de qualquer atividade profissional.
Essa deficiência de formação também ocorre nos meios das federações, academias, associações, clubes, etc..., onde é possível verificar o profundo desconhecimento que os dirigentes, professores e alunos têm sobre o assunto.
O “currículo” adotado em grande número de Confederações, Federações, Associações e Academias, exceções à parte, parece não dar muita ênfase ao estudo e aplicação da ética.
A ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por essa razão, é um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético, uma espécie de “consciência moral”, estando constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
Existem sempre comportamentos humanos classificáveis sob a ótica do certo e errado, do bem e do mal. Embora relacionadas com o agir individual, essas classificações sempre têm relações justas e aceitáveis.
Via de regra está fundamentada nas idéias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz.
O estudo da ética talvez tenha se iniciado com filósofos gregos há 25 séculos atrás. Hoje em dia, seu campo de atuação ultrapassa os limites da filosofia e inúmeros outros pesquisadores do conhecimento dedicam-se ao seu estudo. Sociólogos, psicólogos, biólogos, teólogos e muitos outros profissionais desenvolvem trabalhos no campo da ética.
Ao iniciar um trabalho que envolve a ética como objeto de estudo e prática, consideramos mais importante, como ponto de partida, estudar o conceito de ética, que é: a ciência que estuda o comportamento moral das pessoas na sociedade, ou ainda: a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.

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